28 de agosto de 2011

Pokhara… to Porto!!

São 08h45 horas locais no Nepal, mais precisamente em Pokhara onde esgotamos os últimos cartuchos. As férias estão a acabar mas ainda falta o regresso a Portugal, à cidade do Porto!

Esperam-nos os nossos Pais na terça-feira, 30 de Agosto, pelas 10h30 no Aeroporto Sá Carneiro. Até lá uma longa jornada…

O táxi que nos leva de Pokhara até Sonauli, fronteira com a India, custa-nos aproximadamente 20€ a cada um!!!… mas o percurso de sete a nove horas, que faríamos num local bus, reduz-se para as 5h30 que fazemos… É uma viagem interessante, pela montanha, curva contra curva, a uma altitude considerável… O verde predomina, os campos de arroz que se avistam de cima são colossais e incrivelmente verdejantes… Estamos no Nepal, na época das monções, chove todos os dias (tivemos muita sorte no que ao tempo diz respeito: chovia à noite!) por isso, a natureza, dita as suas regras… a estrada é má, péssima em alguns locais, as derrocadas que se fizeram e fazem sentir dia a dia são bem visíveis na estrada… Pedras, rochas, terra, “meias estradas” J, enfim um pouco de tudo que faz entender agora o porquê das tantas horas que são necessárias para percorrer os 180 e poucos km que ligam Pokhara à fronteira com a Índia.

O nosso condutor é cuidadoso na condução, até demasiado, a média de 40 km/h dá para apreciar os vales, riachos, rios, pontes, aldeias que nos atravessam no caminho… o Nepal na sua plenitude… deixam-nos saudade e a certeza, ao contrário da Índia, que um dia voltaremos…

Chegamos a Sonauli, a caótica fronteira entre o Nepal e a Índia. Mal saímos do táxi, abordam-nos, ainda do lado do Nepal, condutores de táxis privados indianos para a viagem que se segue rumo a Gorakhpur. Ignorámos tudo e todos, até quase os postos de imigração, que se escondem quase por completo na curta caminhada que é atravessar esta fronteira… Se quiséssemos teríamos atravessado sem qualquer problema e sem qualquer “carimbo” dado o modo tão pouco controlado que se faz sentir neste posto fronteiriço. Primeiro as autoridades Nepalesas, pouco depois as Indianas e em 15-20 minutos estamos “legalizados” e na Índia outra vez… E, nota-se logo nos primeiros metros… o barulho infernal das buzinas, o lixo por todo o lado, as vacas que se passeiam como nada acontecesse, os condutores de táxis e bus rodeiam-nos, enfim, voltamos e infelizmente o dizemos…

Caminhamos uns bons 300 metros, negociamos um Jeep por 100 Rps cada um, e cá vamos na direção de Gorakhpur, a próxima etapa desta jornada… O Jeep que nos leva apita a cada 5 segundos e numa viagem de cerca de 2h30, acreditem que parece um “inferno”. Está calor, muito mesmo, os sacos - cada vez mais por causa das compras J, o constante parar, apitar, discutir… fazem-nos chegar já quase esgotados à estação de comboios, em Gorakhpur. Sem bilhetes, dirigimo-nos para a bilheteira e quase por milagre espera-nos um comboio para o próximo destino: Lucknow (onde temos o voo no dia seguinte para Mumbai). Claro que bilhetes só mesmo para a última classe possível… mas baratos!!! Já na linha, perguntamos se é possível fazer um “upgrade” do bilhete, como já o fizéramos de Agra a Delhi, “Sim, é possível…” e, em Sleeper Class fazemos as cerca de 6 horas até Lucknow, onde chegamos por volta da 00h15 já do dia 29.

Sem nada marcado, uma vista de olhos rápida no guia, e tuk-tuk para a zona mais central da cidade. Demoramos um pouco, entre hotel e hotel, para finalmente pagarmos 920 Rps por um quarto – o pior preço qualidade dos últimos 30 dias!! São também as últimas horas e tão pouco nos preocupamos… descansamos umas horas, um pequeno-almoço, uma volta pela cidade (nada de interessante), umas compras finais, uma refeição ocidental num MacDonalds perto do hotel, tuk-tuk para o aeroporto, jantar e voo… rumo a Mumbai, onde já dia 30, pelas 2h50 nos espera o último trajeto: Mumbai-Frankfurt-Porto!

São mais ou menos 12 horas, com escala na cidade alemã, completando-se assim os quase dois dias desta longa jornada que começou em Pokhara, no Nepal!

Nenhum comentário:

Postar um comentário